27 outubro 2010

Retirada de minas terrestres viabiliza investimentos em infraestrutura na África

MAPUTO/MOÇAMBIQUE, segunda-feira, 25/10/2010

A retirada das minas terrestres de uma área de 15 mil hectares próxima à fronteira da Namíbia com Angola vai tornar possível uma nova ligação elétrica entre os dois países. A instalação da rede de transmissão depende apenas da expedição de um certificado que ateste que a área está livre de minas. De acordo com a agência Angoop, o documento deve ser expedido em 15 dias, pela Comissão Nacional Inter-Sectorial de Desminagem e Assistência Humanitária. A fiscalização já foi concluída.

As guerras civis deixaram como herança milhares de minas terrestres em muitos países africanos. As bombas continuam sendo uma ameaça, mesmo anos depois da chegada da paz, a exemplo do que ocorre no lado angolano da fronteira com a Namíbia, onde 815 artefatos explosivos foram localizados e desarmados entre janeiro e setembro.

Na Argélia, mais de 10 mil minas do período colonial foram encontradas em setembro.

Em Moçambique, oito pessoas morreram em explosões de minas no primeiro semestre deste ano. A desminagem começou um ano depois do fim da guerra civil, em 1992 e, segundo o Departamento de Estudos e Planificação do Instituto Nacional de Desminagem, deve estar concluída em 2014. Nos primeiros anos do processo, os acidentes chegavam a 300 por ano. Hoje, não chegam a 20.

A desminagem é um processo lento. Inicia com a captação de informações nas comunidades, para delimitação do espaço a ser limpo. As áreas indicadas pela população são cercadas e limitadas por estacas. Metro a metro, desminadores vasculham o chão, munidos de sapadores (uma espécie de detector de metais), equipamento de proteção pessoal e muita paciência.

O país ainda tem que desminar praticamente toda a fronteira Oeste, na divisa com o Zimbábue, de cerca de 2 mil quilômetros de extensão.

Acesse: http://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/internacional/2010/10/25/retirada-de-minas-terrestres-viabiliza-investimentos-em-infraestrutura-na-africa.jhtm

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